Inclusão escolar de alunos com deficiência: interface com os conteúdos da Educação Fí­sica

Contenido principal del artículo

Camila Lopes de Carvalho
Paulo Ferreira de Araújo

Resumen

Nas últimas décadas, a Educação Fí­sica brasileira foi redefinida em seus objetivos, finalidades, conteúdos e atuações no cenário escolar, ao mesmo tempo no qual passou a incorporar os ideais inclusivos estabelecidos socialmente. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi analisar o processo de inclusão de alunos com deficiência na Educação Fí­sica Escolar no contexto brasileiro, perante seus principais conteúdos, conforme estabelecido pelo movimento renovador da área – Dança, Esporte, Ginástica, Jogo e Luta. Para isso, foi realizada uma pesquisa qualitativa, composta por um estudo de caso, no qual as aulas de Educação Fí­sica de uma turma do 2 ° ano do ensino fundamental I, que possuiu dois alunos com deficiência, foram observadas durante 1 ano letivo, com análise de dados por categorização. Foi verificada uma predominãncia de aspectos positivos í  inclusão (maioria de participações ativas e interações positivas entre todos nas aulas), mas entremeados por outros negativos (superioridade de aulas dos conteúdos de Jogo e Esporte sobre os demais, e interações negativas em atividades de caráter competitivo e técnico). Concluindo, tem ocorrido uma construção positiva em direção í  Educação Fí­sica inclusiva, mas que ainda necessita de maior capacitação docente para explorar os diversos conteúdos desta área durante as aulas, associando-os í s práticas de inclusão.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Carvalho, C. L. de, & Araújo, P. F. de. (2018). Inclusão escolar de alunos com deficiência: interface com os conteúdos da Educação Fí­sica. Educación Física Y Ciencia, 20(1), e041. https://doi.org/10.24215/23142561e041
Sección
Artículos

Citas

Abe, P.B., & Araújo, R.C.T. (2010). A participação escolar de alunos com deficiência na percepção de seus professores. Revista Brasileira de Educação Especial, 16(2), 283-296.

Ainscow, M. (2009). O que significa inclusão? Entrevista. Centro de Referencia em Educação Mario Covas / SEE-SP. Recuperado em 13 de fevereiro, 2017. Recuperado de: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/ees_a.php?t=002.

Alves, M. L. T., & Duarte, E. (2014). A percepção dos alunos com deficiência sobre a sua inclusão nas aulas de Educação Fí­sica escolar: um estudo de caso. Revista Brasileira de Educação Fí­sica e Esporte, 28(2), 329-38.

Ayoub, E. (2003). A Ginástica Geral e Educação Fí­sica Escolar. Campinas, Brasil: UNICAMP.

Barreto, D. (2004). Dança, ensino, sentidos e possibilidades na escola. Campinas, Brasil: Autores Associados.

Bracht, V. (1992). Aprendizagem social e Educação Fí­sica. Porto Alegre: Magister.

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. (1988). Brasí­lia. Recuperado em 14 janeiro, 2017, de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm.

Declaração de Salamanca. Sobre Princí­pios, Politicas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. (1994). Brasí­lia. Recuperado em 12 janeiro, 2017, de

Lei n ° 9.394, de 20 de dezembro de 1996. (1996). Brasí­lia. Recuperado em 14 de Janeiro, 2017, de portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf.

Parí¢metros curriculares nacionais: Educação fí­sica. (1998). Brasí­lia. Recuperado em 14 de janeiro, 2017, de portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/fisica.pdf.

Lei n. 10.098, de 19 de dezembro de 2000. (2000). Brasí­lia. Recuperado em 18 de Janeiro, 2017, de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10098.htm.

Lei n ° 10.172, de 9 de janeiro de 2001. (2001a). Brasí­lia. Recuperado em 14 de Fevereiro, 2017, de www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm.

Lei n ° 10.328, de 12 de dezembro de 2001. (2001b). Brasí­lia. Recuperado em 18 de Janeiro, 2017, de www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10328.htm.

Lei n º 13.005, de 25 de junho de 2014. (2014). Brasí­lia. Recuperado em 14 de janeiro, 2017, de www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm.

Carvalho, A. O., Darido, S. C., & Impolcetto, F. M. (2015). Análise do conteúdo de ginástica nos currí­culos estaduais brasileiros. Arquivos em Movimento, 11(1), 54-73.

Carvalho, C. L., & Araújo, P. F. (2015). Esporte: um conteúdo excludente ou inclusivo na educação fí­sica escolar? Conexões, 13(4), 100-118.

Castellani Filho, L. (1991). Educação Fí­sica no Brasil: a história que não se conta. 2.ed.. Campinas, Brasil: Papirus.

Chicon, J. F. (2008). Inclusão e exclusão no contexto da educação fí­sica escolar. Movimento, 14(1), 13-38.

Coletivo de Autores. (1992). Metodologia do Ensino da Educação Fí­sica. São Paulo, Brasil: Cortez.

Correia, W. R., & Franchini, E. (2010). Produção acadêmica em lutas, artes marciais e esportes de combate. Motriz, 16(1), 01-09.

Falkenbach, A. P. (2010). Inclusão: perspectivas para as áreas da educação fí­sica, saúde e educação. Jundiaí­, Brasil: Fontoura.

Fiorini, M. L. S. (2011). Concepção do professor de educação fí­sica sobre a inclusão do aluno com deficiência. (Dissertação de Mestrado). Universidade Estadual Paulista, Marí­lia, SP, Brasil.

Gil, J. P.A., Scheeren, C., Lemos, H. D. D., & Ferreira, S. M. (2002). O significado do jogo e do brinquedo no processo inclusivo: conhecendo novas metodologias no cotidiano escolar. Revista Educação Especial, 1(20), 75-88.

Glat, R., & Pletsch, M. D. (2010). O papel da Universidade no contexto da polí­tica de Educação Inclusiva: reflexões sobre a formação de recursos humanos e a produção de conhecimento. Revista Educação Especial, 23(38), 345-356.

Góis Junior, E. (2013). Ginástica, higiene e eugenia no projeto de nação brasileira: Rio de Janeiro, século XIX e iní­cio do século XX. Movimento, 19(1), 139-159.

Gomes, M. P. (2008). Procedimentos pedagógicos para o ensino de Lutas: contextos e possibilidades. (Dissertação de Mestrado). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil.

Gorgatti, M. G. (2005). Educação fí­sica escolar e inclusão: uma análise a partir do desenvolvimento motor e social de adolescentes com deficiência visual e das atitudes dos professores. (Tese de Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Gorgatti, M., & Rose Junior, R. (2009). Percepções dos Professores Quanto í Inclusão de Alunos com Deficiência em Aulas de Educação Fí­sica. Movimento, 15(02), 119-140.

Jannuzzi, G. M. (1992). A luta pela Educação do Deficiente Mental no Brasil. Campinas, Brasil: Autores Associados.

Kassar, M. C. M. (2011). Percursos de uma polí­tica brasileira de Educação Especial. Revista Brasileira de Educação Especial, 17(1), 41-58.

Linhares, M. A. (2009). Militares e educadores na Associação Brasileira de Educação: circulação de interesses em torno de um projeto para a educação fí­sica nacional (1933-1935). Educar em Revista, 33(1), 75-91.

Ludke, M., & André, M. E. D. A. (1986). Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo, Brasil: EPU.

Manzini, E. J. (2002). Participação em aulas de educação fí­sica: o que alunos com deficiência visual e fí­sica relatam. Coleção prata da casa, V. esp. (1), 81-85.

Matos, J. M. C., Schneider, O., Mello, A. S., Ferreira Neto, A., & Santos, W. (2013). A produção acadêmica sobre conteúdos de ensino na educação fí­sica escolar. Movimento, 19(02), 123-148.

Mayeda, S., & Araújo, P. F. (2004). Uma proposta de ginástica geral para deficientes fí­sicos. Movimento & Percepção, 4(4/5), 55-73.

Mazzarino, Jane Márcia, Falkenbach, Atos, & Rissi, Simone. (2011). Acessibilidade e inclusão de uma aluna com deficiência visual na escola e na educação fí­sica. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 33(1), 87-102. Recuperado em 14 de janeiro, 2017, de https://dx.doi.org/10.1590/S0101-32892011000100006

Meireles-Coelho, C., Izquierdo, T., & Santos, C. (2007, abril). Educação para todos e sucesso de cada um: do Relatório Warnock í Declaração de Salamanca. Actas do IX Congresso da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Funchal, Ilha da Madeira, Portugal, 12.

ONU. Resolução n ° 217, de 10 de dezembro de 1948. (1948). Recuperado em 13 de fevereiro, 2017, de http://app;crea-rj.org.br/poralcreav2midia/documentos/resolucaoonu217aiii.pdf.

Perrenoud, P., Thurler, M. G., Macedo, L., Machado, N. J., & Allessandrini, C. D. (2007). As competências para ensinar no século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre, Brasil: Artmed.

Rouse, P. (2010). Inclusion on physical education: fitness, motor and social skills for students of all abilities. Champaign: Human Kinetcs

Salerno, M. B. (2009). Interação entre alunos com e sem deficiência na educação fí­sica escolar:

validação de instrumento. Dissertação (Mestrado em Educação Fí­sica) - Faculdade de Educação Fí­sica, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 124 p.

Salerno, M. B. (2014). A informação em Educação Fí­sica e o trabalho com a pessoa com deficiência: percepção discente. (Tese de Doutorado). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil.

Seabra Júnior, L. (2006). Inclusão, necessidades especiais e Educação Fí­sica: considerações sobre a ação pedagógica no ambiente escolar. (Dissertação de Mestrado). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil.

Silva, O. M. da. (1987). A pessoa deficiente na história do mundo de ontem e de hoje. São Paulo, Brasil: CEDAS.

Silva, R. F., Seabra Junior, L., & Araújo, P. F. (2008). Educação fí­sica adaptada no Brasil: da historia í inclusão educacional. São Paulo, Brasil: Phorte.

Soler, R. (2005). Educação Fí­sica Inclusiva: em busca de uma escola plural. Rio de Janeiro, Brasil: Sprint.

Souza Júnior, M., Barboza, R. G., Lorenzini, A. R., Guimarães, G., Sayone, H., Ferreira, R. C., Pereira, E. L., França, D., Tavares, M., Lindoso, R. C., & Sousa, F. C. (2011). Coletivo de Autores: a cultura corporal em questão. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Florianópolis, 33(2), 391-411.

Paes, R. R., & Balbino, H. F. (2005). Pedagogia do esporte: contextos e perspectivas. Rio de Janeiro, Brasil: Guanabara Koogan.

Winnick, J. P. (2004). Educação fí­sica e esportes adaptados. Barueri, Brasil: Manole.

Artículos más leídos del mismo autor/a